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Uma pesquisa sobre educação e tecnologia


Bem, eu comecei pesquisando exatamente o tópico "Tecnologias e Educação", mas depois de alguns minutos me veio na mente uma frase que foi discutida em sala numa aula de "Sistemas Básicos: Arquitetura e Software", não lembro exatamente como estava escrita nem quem foi o autor, mas era mais ou menos algo como "Não adianta simplesmente colocar computadores nas salas de aula".

Decidi então procurar quem era o autor usando esta frase, mas acabei achando um título que capturou minha atenção assim que li, "4 riscos do uso incorreto da tecnologia nas escolas", quando vi queria muito saber tanto quais eram os riscos quanto quais eram estes usos incorretos.

Espero que achem tão interessante quanto achei, por algum motivo isso realmente chamou minha atenção já que não passou pela minha cabeça utilizar a palavra "riscos" neste assunto, tiveram alguns comentários da escritora antes de partir para os "4 riscos", ela comentou sobre o quanto o computador ajudou ela com seu trabalho de escrita já que agora problemas como ter que escrever mais de uma vez todo um trabalho por conta de erros não acontece mais, sobre professores que ela viu em sala de aula utilizar o computador para inspirar investigações, pesquisas, criatividade e entusiasmo, a falta de compromisso da indústria da tecnologia para solucionar os riscos ainda não comentados e dois links para visitar, um sobre "Personalização do ensino" e outro sobre "Tecnologia na educação", que eu li mas não comentarei agora porque meu objetivo inicialmente é tratar destes "riscos".

O primeiro foi "Risco 1: Ameaça à privacidade dos estudantes". A escritora comentou sobre a história de InBloom, não encontrei um artigo exclusivo tratando sobre isso, mas creio que tenha sido uma empresa, ela foi patrocinada com cerca de $100 milhões prometendo um projeto que coletaria dados de alunos e os utilizaria para "personalizar" a aprendizagem, como dito anteriormente, não encontrei nada tratando disso então ao ler isso tudo que me vem é desconfiança, nossos dados são pegos vez após vez, todos sabemos, para que façam sei lá o que com eles. Desta vez as coisas não ficaram por nada, os pais entraram na justiça e ganharam a causa, os patrocinadores se retiraram e a empresa morreu. Agora, o que eu vejo como risco neste primeiro ponto não é exatamente a "ameaça à privacidade", não por ela ocorrer de qualquer forma, ainda que fora da sala de aula e também não que isto deva ser ignorado, mas o maior problema que vejo é a existência de pessoas lucrando com este tipo de situação, é ai que mora o maior problema, é a questão de tornar a educação mais um produto, mais uma forma de se fazer dinheiro, até além, esse acontecido fez parecer que até dados pessoais não passam de produtos também.

O segundo foi "Risco 2: Proliferação de 'aprendizagem personalizada'". Depois de ler o que a escritora tinha a dizer eu me toquei que não preciso nem apenas concordar nem apenas discordar dela, concordei em partes com ela no primeiro risco, mas o segundo me fez pensar bastante. Ela comenta sobre o medo e rebelião por parte de pais quanto aos seus filhos aprenderem utilizando uma maquina com medo de seus filhos mecanizados, padronizados, isto por conta de um conceito chamado "Educação Adaptativa", que me resumo são softwares utilizados pelos estudantes que coletam dados em tempo real para ajudar cada aluno a aprender com seu ritmo. Acho um pensamento um tanto quanto pessimista ver as coisas desta maneira, não gosto de ver as coisas assim porque no fim parece uma "vilanização" da tecnologia, mesmo que eu enxergue sim o lado e a necessidade de se ter um profissional, uma pessoa passando o conhecimento para outra com essencial, não vejo problema algum em ter auxilio de uma maquina, mas do que isso, acredito na necessidade de se fazer as coisas assim, elas servem para isso, as criações do homem servem para facilitar sua vida, criadas, manuseadas e aprimoradas pelo próprio ser humano, o problema é como ela é utilizada e as soluções, creio que existam muitas e vejo como uma delas, ainda que obvia, a capacitação daqueles que iram utilizar isto é o passo fundamental.

Depois de ler o "Risco 3: Uso extensivo de tecnologia para avaliação" senti que me distanciei muito da autora, ela comenta sobre padronização de questões, sobre seu temor quanto à educação adaptativa, respostas e revisão de redações por computadores de maneira bem pessimista, sim eu concordo que estudantes devem crescer questionando, desenvolvendo seu senso crítico, criando sua maneira de pensar e não deixar que terceiros tomem decisões por eles, creio que isto deveria encerrar meu comentário sobre o terceiro risco, mas a maneira como escritora comenta faz parecer que ela subestima a IA e isto me faz pensar que ela talvez não faça ideia do que está escrevendo sobre a "inteligência" das maquinas.
Não vejo a necessidade de comentar o quarto risco por ele se tratar da questão da relação mercado e educação, coisa que já comentei anteriormente.

Atenciosamente, Matheus Rocha.

Comentários

  1. Essa discussão é muito boa. Cada um dos tópicos sugere uma boa discussão e outros posts.
    Sugiro um texto de Parra e Amiel para aprofundar alguns aspectos mencionados.http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/32320

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  2. Educação e tecnologia estão para caminhar juntos. É importante ter consciência do uso, é uma ferramente poderosa. É necessário conhecimento da parte do professor, e saber fazer o aluno refletir. É imprescindível nos dias atuais estar caminhando junto com a tecnologia, o momento é dela.

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